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Há empresas a gastar dezenas (ou centenas) de milhares de euros, por ano, em atividades e eventos de teambuilding. O entusiasmo cresce com o aproximar de cada momento e, no final, a alegria e felicidade é contagiante. Do lado de quem os facilita, a sensação, na porta de saída, é de missão cumprida. Do lado da organização fica a ilusão que tudo está melhor.

Só há um senão. Os problemas, conflitos e dinâmicas ineficazes, no fundo, tudo o que era suposto ter sido resolvido (ou minimizado) voltam a aparecer dias ou semanas mais tarde. Sem mais orçamento disponível e com o desempenho da equipa ainda abaixo do esperado, fica a questão: será que esta foi a melhor decisão?

Neste artigo vou-te mostrar o lado bom, mau e terrível do teambuilding tal como ele existe agora. Vou também partilhar contigo uma proposta alternativa de criar e desenvolver equipas de alto desempenho.

Teambuilding? É disso mesmo que precisamos


Quando o desempenho de uma ou mais equipas se deteriora e parece que nada mais há a fazer os alarmes soam Nesse momento surge na mente dos responsáveis aquela que tem sido a solução mais procurada: fazer uma atividade de teambuilding. Nada melhor do que uma atividade divertida e descontraída em grupo para elevar a moral das “tropas”, alinhar todos em prol do propósito da organização e, mais importante, elevar novamente o seu desempenho. Já estás a revirar os olhos? Aguenta comigo.

Quer adores ou haja algum ceticismo em ti relativo a estas atividades, o que a realidade nos mostra, repetidamente, é que o desempenho de uma equipa é tão melhor quando a relação que existe entre os seus elementos. Quando conhecemos bem as pessoas que temos connosco a sensação de confiança, o sentimento de pertença e a disponibilidade para colaborar é maior. No contexto de trabalho, onde há pouco tempo para conhecer os colegas, as atividades de teambuilding podem ser uma ótima forma de acelerar este processo.

Junta-se assim o útil ao agradável, promove-se uma série de momentos ao longo do ano para promover a união das equipas e a coisa fica resolvida. Pelo menos é o que parece nas horas seguintes ao fim do evento. Só quando todos regressam ao trabalho do dia-a-dia é que se percebe que, afinal, tudo não passou de um bom momento. A eficácia, desempenho e colaboração dentro e entre as equipas ficou igual.

Então, mas o teambuilding não era a solução? Sim e não. Passo a explicar.

Boa intenção, mau resultado


O conceito de teambuilding tal como hoje existe no mercado vai contra a essência da construção de uma equipa. O que vemos com mais frequência são eventos pontuais, fora do contexto profissional (ou desfasados do mesmo), em que por vezes os líderes não estão envolvidos, totalmente desenhadas para gerar sentimentos agradáveis e, isto é essencial, “acabar tudo bem”. Mas será que é assim que se cria uma equipa? Não, de todo. Vamos lá perceber porquê:

  • Falta de consistência: o que um grupo de pessoas precisa para se tornar uma equipa é de uma interação frequente entre os seus elementos em prol de um objetivo comum. É a repetição e melhoria continuada destas interações ao longo do tempo que vai fazer nascer a equipa. Não é um momento isolado no tempo;
  • Descontextualização: os nossos comportamentos são altamente contextuais. Logo, o melhor local para desafiar uma equipa e ajudá-la a crescer é no seu “habitat natural”. Levá-la para uma floresta, rio ou outros locais pode ser muito engraçado nas não vai ajudar, em nada, ao seu crescimento;
  • Liderança ausente: por muito boa ou má que seja a liderança, nenhum facilitador se poderá substituir-lhe. Se é com aquele líder que a equipa enfrenta os desafios diários, então ele deve estar presente nos momentos de desenvolvimento da equipa. É que além de dar o exemplo, também percebe o que é estar ao mesmo nível da sua equipa;
  • Problemas não abordados: motivação, comunicação e colaboração. Tipicamente é este o menu das atividades de teambuilding. Um menu que é demasiado vago para resolver os problemas específicos e reais que as equipas encontram no seu dia-a-dia. Se é para fortalecer a equipa há que olhar para “o elefante na sala” e perceber com o vamos ajudar a sair;
  • Desconforto: embora haja quem adores estes momentos, há que não se sinta minimamente à vontade. É importante levar as pessoas para fora da sua zona de conforto, mas no seu tempo e com o seu consentimento. Não por obrigação ou pressão social. Há muitas pessoas que adoram música, mas nem todas querem estar aos saltos a dançar;
  • Desenhado para o sucesso: se há algo que uma equipa nunca tem como dado adquirido é o sucesso. Por melhor que seja a equipa, a sua preparação e capacidade, a vitória nunca está garantida…a não ser numa atividade de teambuilding. Não é com sucessos que uma equipa cresce. O que a faz crescer é a sua capacidade de superar os fracassos e alcançar o sucesso, uma e outra vez;

Visto desta perspetiva parece que afinal o teambuilding é para esquecer. Mas se assim o que há a fazer quando uma equipa enfrenta problemas internos ou o seu desempenho fica abaixo do esperado? É isso que vou partilhar contigo em seguida.

Uma solução inovadora focada no longo prazo

A construção e aperfeiçoamento de uma equipa é um processo complexo, dinâmico e que depende, em larga medida, dos elementos que a compõem, das suas lideranças, direta e indireta, bem como do contexto em que a equipa se movimenta e dos desafios que enfrenta. Criar uma equipa de sucesso leva o seu tempo, virá com altos e baixos, mas a tendência será para que os níveis de união, colaboração e eficácia aumentem a cada novo desafio.

Da forma como o conceptualizo, o teambuilding é sempre um processo em que os protagonistas são os elementos que a ela pertencem. Havendo um facilitador externo, este deve remeter-se sempre para segundo plano enquanto ajuda a equipa a navegar pelos desafios internos que enfrenta. Dito isto partilho contigo como acontecem os processos de desenvolvimento de equipas que facilito:

  • Preparação: Numa primeira fase há a identificação dos desafios, ambições e objetivos que a organização tem para equipa. Estes indicadores são posteriormente partilhados e validados com a equipa e respetivos elementos. Estabelece-se assim a base para iniciarmos o processo;
  • Consistência: Sendo um processo é importante estar definido o seu início e duração. Isso permite antever o tempo durante o qual iremos trabalhar em conjunto e a regularidade das sessões. Regra geral num período de 3 a 4 meses, reunindo quinzenalmente com a equipa é possível alcançar melhorias visíveis mesmo para que está de fora;
  • Objetividade: Os desafios, ambições e objetivos do processo, bem como da equipa, estão em cima da mesa desde o primeiro dia. É a equipa que valida cada um deles, que define o nível de prioridade de cada um e traça o Plano de Ação para o Crescimento da Equipa (PACE);
  • Proximidade: Sempre que possível a equipa encontra-se em contexto real e os desafios a superar são assentes na realidade que estão a experienciar. Não há cenários criados nem simulações, tudo o que se define é com base na realidade. A liderança direta está sempre presente;
  • Responsabilidade: Se somos uma equipa estamos todos ao mesmo nível e partilhamos da mesma responsabilidade. Os cargos ficam à porta e são definidas regras de interação a usar durante a sessão. Assim cria-se um espaço seguro no qual todos se sentem livres para contribuir;
  • Proatividade: Uma equipa só evolui se agir de forma alinhada com os seus valores, se conseguir adaptar face ao imprevisto e conseguir alcançar os objetivos do coletivo. Desta forma deixamos o plano da teoria e passamos para a prática por forma a realizar o potencial máximo da equipa.

Ao longo deste processo a medida de sucesso não é a quantidade de gargalhadas, de emoções agradáveis ou os momentos de felicidade. A maior medida de sucesso e o grande objetivo é conseguir que a equipa funcione melhor como um todo e que os seus elementos colaborem de forma eficaz, sobretudo face aos maiores desafios. Haverá momentos tensos tal como existirão momentos de diversão. No entanto, o propósito está sempre claro: elevar a qualidade da equipa ao seu expoente máximo.

Afinal é isso que todos queremos.

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