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Se há bem pouco tempo 80% dos profissionais de RH estavam em burnout, estima-se agora que esta “epidemia silenciosa” já tenha chegado a 81% de todos os trabalhadores (líderes incluídos). Os números estão à vista e as consequências, já de si preocupantes, podem escalar. Se queremos, realmente, ter empresas mais humanas, competitivas e felizes, é fundamental abordar este desafio assertivamente. Há que lembrar que a prevenção do burnout é vital não só para garantir o bem-estar das pessoas, mas também o sucesso das organizações.

Uma epidemia silenciosa

Desde 2019 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o burnout na “lista de doenças”, reconhecendo-o como uma síndrome resultante da má gestão do stress crónico no trabalho. Se as pessoas podem ser responsabilizadas pela “má gestão”, as lideranças devem fazer mea culpa por continuarem a carregar no acelerador. Enquanto uns necessitam de aprender a lidar com o stress, outros precisam de encontrar formas de o diminuir. E é bem mais simples do que se pensa.

O burnout é caracterizado pela sensação de exaustão, distância mental relativamente ao trabalho ou sentimentos de negativismo associados ao mesmo. A tudo isto soma-se uma redução significativa do desempenho profissional. Importante destacar que o burnout é uma condição específica do ambiente profissional e não decorre de experiências noutras áreas da vida. Por isso se queremos preveni-lo temos que começar pelas organizações, em particular pela sua cultura.

Consequências para todos

Dados recentes divulgados pela Ordem dos Psicólogos Portugueses revelam que o impacto financeiro do burnout,é significativo. No total representa um custo anual de 5,3 mil milhões de euros para as empresas. Estes custos resultam de diversos fatores, como o aumento do absentísmo, diminuição da produtividade, aumento do número de acidentes de trabalho e maiores despesas com assistência médica e seguros de saúde.

Mas há mais para além do dinheiro pois o burnout também tem um impacto negativo na saúde e bem-estar dos trabalhadores. Pessoas que sofrem de burnout estão mais propensas a desenvolver problemas de saúde física e mental, como doenças cardíacas, distúrbios do sono, ansiedade e depressão. Essas condições afetam não apenas a vida profissional, mas também a vida pessoal dos colaboradores, levando a um ciclo de esgotamento contínuo.

Remediar ou resolver?

Perante este cenário preocupante, torna-se crucial implementar medidas efetivas para prevenir o burnout e promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Investir em programas de bem-estar, oferecer recursos de suporte psicológico, promover a formação e sensibilização sobre o burnout e as suas consequências, além de incentivar uma liderança responsável e empática, são algumas das medidas que muitas empresas implementam para combater o burnout e criar um ambiente de trabalho mais saudável e resiliente.

O que acontece é que muitas destas medidas, apesar de bem intencionadas, são tratadas como “extras”. Isso faz com que nunca integrem a cultura da empresa levando a que a sua relevância e eficácia se perca com o tempo. Por um lado há empresas com listas extensas de benefícios completamente desatualizadas face às necessidades reais dos seus colaboradores. Por outro lado, continuamos a ver investimentos pontuais dos quais se espera um retorno eterno. 

O que tende a ser esquecido nestas situações são os benefícios de investir na prevenção do burnout e na promoção do bem-estar no trabalho. Entre eles destacam-se um maior engagement dos colaboradores, aumento da satisfação no trabalho, redução do turnover e melhoria do desempenho organizacional como um todo. Esta é uma realidade ao alcance de todas as empresas que só pode ser alcançada de uma forma: promovendo uma transformação e melhoria contínua da cultura da empresa no longo prazo.

Cultura à prova de burnout

Ao priorizar o bem-estar das suas pessoas e adotar uma abordagem proativa na prevenção do burnout, as empresas podem construir uma cultura organizacional positiva, que valoriza o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, contribuindo para a felicidade e o sucesso tanto dos colaboradores quanto da própria organização.

Embora seja um trabalho de longo prazo é possível iniciá-lo a qualquer momento, com um nível muito baixo de investimento e tendo como base algumas práticas que aproveito para partilhar em seguida.

  1. Estabelecer uma cultura organizacional que valorize de igual forma o desempenho diário, os resultados obtidos e a saúde das pessoas;
  2. Estabelecer expectativas realistas relativamente ao trabalho evitando assim um ambiente de pressão constante;
  3. Criar condições para os colaboradores conseguirem criar períodos de foco sem interrupções consecutivas;
  4. Incentivar os colaboradores a realizarem pausas regulares ao longo do dia para desconexão, renovação de energia e aumento de produtividade;
  5. Estimular uma cultura que valorize o foco numa tarefa de cada vez, por oposição ao multitasking;
  6. Promover uma comunicação aberta, transparente e empática entre as pessoas dos diferentes níveis da organização;
  7. Incentivar os colaboradores a definirem limites claros relativamente às responsabilidades e tarefas que aceitam para evitar a sobrecarga;
  8. Introduzir um limite de reuniões e compromissos, bem como um intervalo entre os mesmos, para permitir que os colaboradores processem informações e se preparem adequadamente;
  9. Valorizar a importância do sono adequado para o bem-estar e a produtividade, disponibilizando, se possível, espaços para “sestas de recuperação”;
  10. Disponibilizar serviços de mentoria ou coaching para ajudar os colaboradores a tornarem-se mais eficazes no seu dia-a-dia;
  11. Reconhecer a importância de cuidar da saúde mental e oferecer suporte profissional por profissionais especializados;
  12. Incentivar os colaboradores a procurarem ajuda especializada sempre que necessário, promovendo um ambiente de apoio e bem-estar emocional.

Estas são apenas algumas das estratégias que, se implementadas com coerência e consistência, sobretudo através do exemplo (as lideranças também sofrem de burnout) pode aumentar a saúde de uma organização e das pessoas que dela fazem parte.

Se existir um esforço contínuo com o envolvimento de toda a organização consegue-se criar uma cultura na qual a saúde mental, o bem-estar e a felicidade asseguram o sucesso a longo prazo

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